segunda-feira, 14 de maio de 2007

Jornal O Rio em www.orio.pt e com Edição quinzenal em papel entrevista Moradores e Proprietários da Várzea da Moita, sobre a Conferência da Moita




Sociedade : Entrevista com elementos do Movimento da Várzea da Moita: “Esta luta vai ser ganha porque a justiça, mais tarde ou mais cedo, há-de acabar por imperar”, afirma um dos moradores da Barra Cheia

2007/5/14

Em vésperas da Conferência Nacional sobre a Política de Solos, Mais Valias Urbanísticas e Ordenamento do Território, no meio de uma certa azáfama, O RIO entrevistou alguns elementos do Movimento da Várzea da Moita, nomeadamente, Dionísio Barata, José Carrilho, António Ângelo e Manuel Miranda Miguel, na Barra Cheia.


A referida Conferência realiza-se já nos dias 18 de Maio (sexta-feira), às 20.30 h, e no dia 19 (sábado) ao longo do dia, no salão da Sociedade Estrela Moitense, na Moita.

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Excerto:

Pergunta do Director de O Rio: Para a divulgação da Conferência querem acrescentar mais alguma coisa?

Resposta de um Morador da Várzea da Moita: Queríamos sobretudo dizer que todas as pessoas da nossa terra e do nosso concelho, em primeiro lugar, estão convidadas para poderem participar e ouvir o que têm a dizer sobre as importantes matérias em questão, estudiosos, investigadores, professores universitários, representantes de várias áreas de intervenção social e política em Portugal. Todos são bem vindos, para ouvir e para participar.


A Conferência que vai ser feita não é dirigida contra ninguém, muito menos contra o poder local e a Câmara Municipal da Moita. Isso seria uma visão mesquinha e quem pensar nisso, pensa pequenino. O propósito é o debate de temas nacionais. O que vamos falar é de boas práticas de governação no nosso país, não centradas nos assuntos da Moita mas antes viradas para as questões nacionais. É natural que a Conferência tenha lugar numa localidade determinada, podia ser em qualquer cidade, mas é na Moita, pelo que pensamos ser um motivo de orgulho para a nossa terra. É, no entanto, normal que exemplos concretos sejam chamados a debate e a Moita seja falada, mas não será uma questão central.

Sabe, a Moita é terra de gente boa, mas seria um absurdo pensar-se que vivemos no Paraíso, iludirmo-nos que aqui tudo é trabalho bem feito, honestidade exemplar e competência sem limites. O certo e o errado moram em qualquer lugar. Compete às mulheres e homens livres, em democracia, debater os problemas da nossa terra, do nosso País, e para tal não há nem portas certas, únicas, para o fazer, nem erradas, onde essa cidadania não pudesse ou não devesse ter lugar. Em todo o lado essa intervenção cívica é fundamental, ela é resultado e é simultaneamente factor de pujança democrática, que qualquer força política democrática só pode compreender, incentivar e apoiar. Se houver uma força política que encare diferente este pulsar democrático, isso pode denotar formas de pensar pouco saudáveis, muito problemáticas mesmo por parte dessa força ou partido.

Entretanto, o objecto central da Conferência da Moita será o interesse de Portugal e dos portugueses em torno de um adequado quadro de política de solos, de uma mais justa e decente legislação em torno das mais valias urbanísticas e de um mais adequado ordenamento do território.
Para o debater e reclamar poderá ser necessário dizer alto e claro verdades aqui e acolá tidas por inconvenientes.
É que não basta viver em democracia, é preciso que os Cidadãos exerçam a Democracia.

A Conferência é aberta? A entrada é livre para quem queira assistir e participar?

Não só qualquer um pode entrar, como nós convidamos vivamente a que tal aconteça. Aliás, temos dito aos nossos convidados que os seus convidados são também nossos convidados, o que é sintomático do espírito de abertura em que a iniciativa vai ter lugar.

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